COMO SE LIVRAR DA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL?

21 março, 2022



COMO SE LIVRAR DA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL?

A dependência emocional pode trazer inúmeros prejuízos para nossa vida. Não só deixamos de aproveitar oportunidades profissionais e pessoais porque nos apoiamos em outras pessoas, em outras prioridades, como também podemos criar dificuldades em diferentes dimensões da nossa vida.

A dependência emocional, inclusive, seria um dos fatores de risco para a violência doméstica.

 

DEPENDÊNCIA EMOCIONAL PARA A PSICOLOGIA

Há controvérsias quanto ao uso do termo dependência emocionais para se referir a essa condição como uma patologia psíquica.

Mesmo os manuais clínicos de referência na área se debatem sobre incluir seus sintomas e diagnóstico ou não.

Há uma teoria que nos diz que uma relação de dependência emocional pode ser definida por quatro elementos: motivacional, afetivo, comportamental e cognitivo.

O componente motivacional refere-se à necessidade de suporte, orientação e aprovação.

O componente afetivo está relacionado à ansiedade sentida pela pessoa diante de situações nas quais ela necessita agir independentemente.

O componente comportamental se refere à tendência de buscar ajuda de outros e de submissão em interações interpessoais.

E o último componente se refere à percepção do sujeito como impotente e ineficaz.

De qualquer modo, a dependência emocional envolve um apego patológico pelo parceiro numa tentativa de atender a um padrão crônico de demandas afetivas insatisfeitas.

RELACIONAMENTO DEPENDENTE EMOCIONAL

Num relacionamento onde há dependência emocional os parceiros podem alternar papéis de salvador, vítima e perseguidor.

O mais provável nesse tipo de relação é que haja dependência mútua entre as pessoas, por conta dos sentimentos de posse predominantes em dependentes emocionais.

E, assim, fica mais fácil perceber que a dependência mútua pode explicar a permanência do parceiro e da relação, mesmo que conflituosa.

PORQUE TENHO DEPENDÊNCIA EMOCIONAL?

A literatura especializada mostra que pessoas emocionalmente dependentes são caracterizadas por submissão, e dificuldade em tomar decisões nos relacionamentos interpessoais.

E quem sofre de dependência emocional parece manter um foco total em seus relacionamentos.

Portanto, quem sofre de dependência afetiva tende a se preocupar muito com o outro e a resolver os problemas desse outro, mesmo que isso signifique alienação e falta de cuidado consigo mesmo.

Tudo isso pode ser fruto de insegurança pessoal.     

Talvez uma infância superprotegida ou que não tenha oferecido suporte adequado à criança esteja por trás de um adulto com pouca autoconfiança que se apoia desesperadamente na aprovação alheia para existir.

Cada caso é único e depende de diferentes variáveis individuais e ambientais para que possamos encontrar as causas da dependência afetiva de alguém.

Inclusive podemos olhar para nossa indústria cultural para encontrar algumas referências que parecem validar os comportamentos e pensamentos associados à dependência emocional.

CULTURA DA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

Muitas vezes o modo como as relações amorosas são retratadas na mídia e na arte também podem reforçar os padrões patológicos da dependência emocional.

Assim, a cultura, muitas vezes, leva as pessoas a almejar relacionamentos dependentes, ou então, quando os vivem, acreditam que esta dependência seja “normal”.

Apesar da dependência emocional estar potencialmente associada a transtornos alimentares, transtornos ansiosos, depressão e outros problemas psíquicos, ainda há uma aura de “romantismo” nos comportamentos relacionados a ela.

PRIMEIROS PASSOS PARA LIDAR COM DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

Reconhecer que vive um estado de dependência emocional de outra pessoa, seja um amigo, familiar, namorado ou cônjuge, é uma etapa crucial para lidar com esse quadro.

Em seguida é preciso realizar um trabalho de autoconhecimento para compreender de onde vem esse apego, essa necessidade de confirmação por outra pessoa.

Recuperar um espaço de autonomia individual onde você possa se reconhecer e acessar seus desejos e preferências é primordial para lidar com a dependência emocional.

Esse processo pode ser facilitado ou provocado por um psicólogo, que além disso, te acompanhará pelo desenvolvimento de uma nova compreensão sobre si mesmo e sua vida.

PSICOLOGIA PARA SE LIVRAR DA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

A psicologia pode ser uma importante aliada para se livrar da dependência emocional.

Não só porque ela oferece acolhimento e um espaço seguro e de escuta, mas porque a qualidade do serviço oferecido procura envolver as diferentes dimensões do ser humano num esforço de autodesenvolvimento e cura.

Particularmente, no caso da dependência afetiva, um psicólogo pode lidar com as características de adição da dependência emocional, e que podem tornar ainda mais difícil romper o relacionamento.

Sintomas de fissura e abstinência podem acontecer, quase como num caso de adição de uma substância psicoativa- o que dificulta a saída de um relacionamento abusivo ou pouco saudável.

Agende uma consulta e encontre ajuda profissional para lidar com dependência emocional.

 

 

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Transtornos de Ansiedade

Ansiedade social: causas, sinais e dicas para conviver com ela


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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo. Por volta de 19 milhões de brasileiros sofrem com o transtorno, mas você sabia que existem vários tipos de ansiedade/ e uma delas é a ansiedade social.

Trata-se da dificuldade que a pessoa tem para interagir socialmente, portanto, se não for corretamente diagnosticada e tratada, pode impactar significativamente na vida do indivíduo.

Um dos grandes aliados na prevenção e tratamento desse tipo de transtorno mental é a informação de qualidade, que ajuda a eliminar tabus para que mais gente procure ajuda quando necessário. Por isso, neste artigo você poderá entender melhor sobre o que se trata a ansiedade social, suas causas, sintomas e muito mais. Continue a leitura para conferir tudo!

O que é ansiedade social?

A ansiedade social também é conhecida como fobia social. É um transtorno que impacta na interação social, ou seja, a pessoa tem dificuldade para se apresentar, comer em frente aos outros e ter contato social de uma forma geral. É comum que sinta medo de perceberem as suas fraquezas e tem receio de ser julgada pelos outros, o que reflete uma baixa autoestima.

Por mais que seja normal se sentir ansioso ou constrangido diante de outras pessoas em algumas situações do dia a dia, a questão se torna um problema quando esses sentimentos surgem sem um motivo aparente e são muito fortes e constantes. É preciso ficar de olho exatamente nisso para que não haja prejuízos maiores em várias esferas da vida.

As diferenças entre a fobia social e a timidez

É muito comum que haja essa dúvida: é timidez ou ansiedade social? Para ter o diagnóstico correto, é necessário analisar a intensidade e a duração dos sintomas.

A timidez é considerada uma característica comum em algumas pessoas, não trazendo prejuízos graves se for bem administrada. Trata-se de um reflexo de constrangimento ou uma apreensão que alguns sentem em diversas situações quando precisam se relacionar com outras pessoas.

A ansiedade social em níveis extremos, por sua vez, pode impactar negativamente a vida de um indivíduo, incapacitando-o de se relacionar, trabalhar ou estudar. É comum que aqueles com o transtorno tenham medo de praticamente todas as situações em sua vida que envolvem outras pessoas, o que leva ao isolamento.

Quais são os principais sintomas do transtorno?

A ansiedade social pode se manifestar por meio de diversos tipos de sintomas: físicos, emocionais e comportamentais. Quando são muito intensos, podem prejudicar a vida pessoal e profissional do indivíduo.

Confira quais são os principais sintomas em quem sofre com a fobia social:

Sintomas físicos

  • calor repentino;
  • tontura;
  • suor excessivo;
  • tensão muscular;
  • rosto vermelho;
  • espasmos;
  • boca seca;
  • náuseas;
  • voz trêmula;
  • aumento dos batimentos cardíacos;
  • tremedeira;
  • respiração acelerada.

Sintomas emocionais

  • medo e ansiedade excessivos;
  • nervosismo;
  • ataques de pânico.

Sintomas comportamentais

  • isolamento, podendo abandonar o emprego ou a escola/faculdade;
  • evita situações em que é necessário interagir com outras pessoas.

Quais são os sinais da fobia social?

Ansiedade social: causas, sinais e dicas para conviver com ela

Apenas um psiquiatra pode garantir o diagnóstico correto, no entanto, existem alguns sinais que apontam que algo não vai bem. É importante conhecê-los justamente para procurar ajuda quando necessário, seja para si mesmo ou para um amigo ou familiar.

Lembrando que aqueles que sofrem com o transtorno se preocupam excessivamente com a percepção dos outros sobre si. Com isso, o medo de se sentirem humilhados ou julgados faz com que se isolem em determinadas situações do dia a dia, tanto pessoais como profissionais.

Algumas dos principais sinais são:

  • medo de falar em público;
  • dificuldades para interagir;
  • medo de comer na frente de outras pessoas;
  • receio de dar a sua opinião em conversas e reuniões;
  • medo de trabalhar na frente dos outros;
  • ansiedade excessiva e desproporcional à situação vivenciada;
  • sofrimento ou ansiedade que impactam na rotina e qualidade de vida.

Quais são as principais causas da ansiedade social?

As causas da ansiedade social podem ser uma combinação de diversos fatores genéticos e ambientais.

Os estudos apontam que para aqueles que têm familiares com o transtorno a probabilidade de desenvolvê-lo ao longo da vida é maior. Além disso, indivíduos com tendência à inibição comportamental e medo de julgamento também acabam tendo mais chances de conviver com a fobia social.

É comum que o transtorno comece a se manifestar na infância ou início da adolescência, até trazer prejuízos maiores na vida adulta. Quem apresenta a ansiedade social costuma ter um histórico de lares muito rígidos, com situações de controle, falta de apoio e busca de aprovação constante.

Mesmo assim, não há clareza total sobre quais são as causas. É preciso ficar atento aos fatores de risco e sinais para procurar ajuda o mais rápido possível e não permitir consequências muito negativas na vida pessoal e profissional.

Como é realizado o diagnóstico e o tratamento?

O diagnóstico da ansiedade social é realizado por um médico psiquiatra que faz um teste clínico para identificar o transtorno. Normalmente, o profissional pergunta ao paciente sobre as situações em que os sintomas surgem, a intensidade, frequência e o nível do impacto negativo em sua vida.

No geral, o tratamento pode englobar os seguintes pontos:

Psicoterapia

É uma ferramenta fundamental para o tratamento da fobia social, sendo que existem diversas linhas que podem contribuir para o processo. A Cognitiva Comportamental, por exemplo, ajuda o paciente a reconhecer e analisar os pensamentos negativos para reduzir os sintomas e auxiliar no enfrentamento. 

O acompanhamento de um psicólogo é, portanto, uma das estratégias mais eficazes para lidar com a ansiedade social e recuperar a qualidade de vida.

Em alguns casos pode ser necessário aliar a psicoterapia aos medicamentos. Somente o psiquiatra poderá avaliar o quadro e indicar o remédio mais adequado, assim como a sua dosagem e tempo de uso.

Estilo de vida saudável

Cuidar do seu dia a dia por meio de hábitos mais saudáveis também faz parte da prevenção e tratamento do transtorno. Por isso, procure fazer o seguinte:

  • alimentar-se de forma saudável e equilibrada;
  • dormir menos 8h por noite;
  • fazer exercícios físicos regularmente;
  • incluir a meditação na sua rotina;
  • evitar o consumo excessivo de drogas e cafeína;
  • cultivar hobbies que ajudam a aliviar a ansiedade.

Como conviver com o transtorno?

Ansiedade social: causas, sinais e dicas para conviver com ela

Cada pessoa terá um nível de intensidade e frequência dos sintomas da fobia social. O mais importante é receber o diagnóstico o quanto antes e fazer um acompanhamento com o psicólogo e o psiquiatra.

Além disso, manter uma rotina saudável é essencial e irá contribuir para o tratamento como um todo. Com a orientação dos profissionais especializados será mais fácil compreender o que é necessário mudar em relação aos seus hábitos para superar o transtorno e aprender a lidar com os momentos de crises.

Outra dica é praticar a escrita terapêutica, que é uma atividade muito simples, mas extremamente poderosa. Ao escrever sobre os seus sentimentos e emoção livremente é possível analisar com maior clareza o que você está enfrentando. Além disso, é uma maneira interessante de registrar a sua evolução e levar novas reflexões para a psicoterapia.

Além disso, há outras orientações úteis que podem ajudar a lidar com o transtorno:

Identificar, questionar e enfrentar os pensamentos ruins

Sempre que estiver vivenciando uma situação social difícil, na qual você se sente receoso e constrangido, tente parar para organizar os pensamentos. Avalie tudo o que vem à sua mente: o que você acha que os outros estão pensando? O que você está pensando sobre si mesmo?

Ao identificá-los, você passa para a etapa de enfrentamento, em que deve se questionar se eles são verdadeiros ou falsos, ou seja, quais são as evidências que o sustentam. Provavelmente, você irá perceber que não há sustentação o suficiente para que sejam reais. A partir do momento em que você tiver consciência sobre o seu transtorno, fica mais fácil compreender que tais pensamentos são, na maioria das vezes, irreais e desproporcionais.

Não é fácil passar por todo esse processo, mas o enfrentamento dos pensamentos deve se tornar um hábito. Dessa forma, com o passar do tempo se tornará algo automático identificar, questionar e enfrentar os pensamentos que te perseguem em situações sociais.

Por isso, ter clareza sobre o que é a fobia social e conhecer os seus gatilhos é fundamental para dominar as crises e viver melhor.

Cuide da sua saúde mental e viva melhor

A ansiedade social é um transtorno muito comum, mas a falta de conhecimento sobre faz com que muitas pessoas deixem de identificar o problema e percam a qualidade de vida.

Cuidar da sua saúde mental é essencial para trabalhar, estudar e se relacionar com os outros (e consigo mesmo) de forma muito mais saudável, equilibrada e produtiva. Por isso, não deixe para depois: se perceber que a ansiedade está atrapalhando o seu dia a dia, procure ajuda.